Obará é um Odú do oráculo de ifá, representado no merindilogun com seis conchas abertas pela natureza e dez fechadas. Nesta caída responde Oxóssi, Xangô e Logum-Odé. Significa que a pessoa é alegre, generosa, farta e tem o caminho de prosperidade, desde que procure sempre buscar a positividade deste Odú. Liderança e espiritualidade faz parte da sua vida.
As pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa, isto é, se ele se apresentar 3 vezes consecutivas, através de ebó, poderá a qualquer momento receber auxílio inesperado, portanto deverá pegar as oportunidades por melhor que se apresentem.
As pessoas regidas por esse Odú, possuem grandes ideias e passam boa parte de sua vida tentando realizá-las e dificilmente encontram meios de como começar, algumas vezes, ou na maioria fracassam por não pedirem ajuda, porém todo o sofrimento não é duradouro, e as pessoas acabam vencendo pela força de vontade, devido a possuírem espírito de luta e não se entregarem facilmente. São batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros Odús, que se dobram a Obará. Se, numa situação difícil, procurarem o auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos.
É composto do elemento ar sobre terra, com predominância do primeiro, o que indica a evolução através da experiência adquirida na busca do objetivo pretendido.
Corresponde ao ponto cardeal Sul-Sudeste.
Não rege o corpo humano.
Seu ponto vulnerável é o sistema linfático.
É um Odú masculino representado por uma corda em referência ao poder que possui de tudo levantar.
Exprime força e poder e a possibilidade de realização humana.
Obará nasceu de Ejilaxeborá com Orain que por sua vez, não vem na cabeça de ninguém, e quem é de Xangô não tem Obará na cabeça, tem Obará pelo caminho de progresso no dia a dia.
Ajejalunga foi quem gerou Obará junto com Ejilaxeborá. “Aje” quer dizer a mãe terra, a natureza, a riqueza, por isso que esse Odú tem a prosperidade, tem o caminho do progresso, tem tudo o que se pode pensar de positivo, porém ele traz muita traição, falsidade, mentira, sofrimento da pessoa ou de parentes, traz também muita vaidade.
O Odú Obará é o Odú da riqueza, da prosperidade. Ele abre na casa de Ifá, no grande oráculo, pela 6a. casa, os seis ministros que absorvem.
Ele é o Odú do progresso.
Ele foi gerado e nasceu de um bloco maciço de ouro e suas arestas foram representar as grandes riquezas da natureza.
Obará Meji criou o ar e por extensão os ventos.
Dele depende a existência dos bosques cheios de ramagem, das forquilhas e de todo tipo de bifurcação.
Neste Odú nasceram às riquezas, o costume de usar jóias, os mestres e o ensino. Aqui surgiu o adultério, e neste Odú o ser humano aprendeu a mentir e ser enganado.
Obará Meji é um Odú de prenúncios quase sempre positivos muito embora seus aspectos negativos sejam terríveis e tragam miséria total, loucura, traição e calúnia.
Regente
Xangô, com influência de Exú, Oxóssi, Logum-Odé e Ossãe
Quem fala por esse Odú
Xangô, Yêmanjá, Iansã, Obá Ewá e Ipori.
Elementos
Fogo
Cores
Azul claro e o violeta.
Proibições
Os filhos desse Odú não podem comer acaçás enrolados na folha da bananeira, farinha de milho e carne de tartaruga.
Não podem relatar fatos que tenham assistido e que não lhe digam respeito.
Positivo
As Pessoas com esse Odú têm grande proteção espiritual e costumam vencer pela força de vontade, especialmente em profissões relacionadas à Justiça.
Mas são com freqüência vítimas de calúnias e não têm sorte no amor.
Devem aprender a silenciar sobre seus projetos e a determinar por onde começá-los.
Aquisição de bens materiais de um modo geral, fim de um obstáculo que deve ser o último, expansão física e moral, ausência de enfermidade e evolução no sentido ascendente.
Prenuncia expansão física e moral, regularização, alegrias, ambição, questões relacionadas a dinheiro, processos em andamento, solução de problemas de ordem financeira.
Negativo
Deslealdade, imoralidade, orgulho nocivo, injustiça e libertinagem, adultério, maldade, filho adulterino, guerra em família de santo, doenças, infecções do sangue, problemas circulatórios, atrofias musculares, apoplexia, desnutrição, problemas respiratórios, mania de grandeza e loucura.
Trazem muitos feitiços e são sempre vítimas de invejas e são perseguidas gratuitamente, porém as possibilidades de melhoria de vida são muitas, só é necessário um bom líder espiritual em sua vida.
Atenção
Obará se cultua, mesmo que não se tenha ele na cabala porque ele representa a riqueza e ele foi gerado das profundezas de uma mina de ouro.
Suas arestas representam a riqueza, e a prosperidade, é o mais rico e quando se chama por ele, tem que gritar em voz alta, (pois Obará é surdo) e de preferência numa quarta-feira de lua cheia.
Saudação a Obará Meji: “Saudemos Obará Meji. Ele é o barro que faz. Secar o nosso suor.” Essa saudação evoca a idéia de alívio da mesma forma que o barro refresca o corpo cheio de calor. Ele tem o poder de trazer alívio para os problemas que estejam nos afligindo.
As pessoas deste Odú devem tomar cuidado com miséria, roubos e furtos, gostam muito de fofocas, calúnias, sempre chorando miséria, pois não podem viver sem dinheiro e está sempre diante de grandes oportunidades e vitórias, principalmente nos negócios e demandas.
Tem muito medo da justiça, verdade e solidão. Devem fazer segredo dos seus projetos, senão fracassam logo em seus negócios.
As pessoas que estão sob essa influência, quase sempre são vítimas de calúnia, problemas com justiça, rompimento com casos amorosos, perda de emprego ou de qualquer outra oportunidade boa.
Indica recaída sobre a pessoa, de sofrimento, Odú de parentes, roubo, traição, vaidade e prosperidade sem igual.
Os presentes deverão ser colocados numa pedra, em lugar alto, dentro de uma mata. Na volta oferecer um amalá pra xangô, acarajé pra Iansã e comida pra Exú e Oxalá.
O aconselhamento para esses clientes se estiverem passando por dificuldades, é para ter paciência e não perder as oportunidades que se apresentam repentinamente.
Personalidade
Os filhos deste Odú são pessoas alegres e festivas, carregadas de religiosidade, gostam de observar e manter as tradições.
São pessoas saudáveis que se recuperam fácil de qualquer doença.
Tem grandes ideais a realizar, mas não sabem como começar e fracassam às vezes por não pedirem ajuda e o sofrimento não é duradouro, porém o Odú Obará é um Odú de tanta prosperidade, de tanta riqueza que não se despacha Obará porque não se pode despachar o progresso da vida de ninguém
Quando se positiva o Odú Obará para ele dar caminhos, a parte negativa dele se desfaz e ele passa a caminhar com o lado positivo.
As pessoas desse Odú possuem grandes idéias e passam boa parte da sua vida tentando realiza-las.
Dificilmente encontram meios para começar algo.
Algumas vezes, ou na sua maioria, fracassam por não pedirem ajuda, porém todo o sofrimento não é duradouro e os regidos por este Odú acabam vencendo pela força de vontade por possuírem espírito de luta e não se entregarem facilmente.
São pessoas batalhadoras e possuem o privilégio de muita proteção espiritual e também dos outros Odús que se dobram a Obará.
Se numa situação difícil procurarem auxílio de um amigo, serão prontamente atendidos.
Pessoas com temperamento um tanto estourado, são de extrema sinceridade; são um pouco tagarelas com habito de contar tudo o que irá ser feito, evitando assim a concretização dos planos. Despertam antipatia e inveja das pessoas. São justas e tendem a possuir bens.
Uma das lendas desse Odú
Dizem que no principio do mundo, 15 dos 16 Odús seguiram todos à casa do Oluwô, afim de procurar os meios que os fizessem mudar de sorte, mas nenhum deles fez o que foi determinado pelo Oluwô. Obará um dos dezesseis Odús existentes,não se encontrava no grupo na ocasião em que os demais foram consultar o oluwô. Sendo ele, porém, sabedor do ocorrido, apressou-se em fazer o que o oluwô determinara. E que os demais Odús não fizeram por simples capricho da sorte. Obará com afinco fez o máximo que pode para conseguir seu desejo, dada a sua condição precária (de pobreza).
Como era de costume, os 15 Odús de cinco em cinco dias iam à casa de Olofin, e nunca convidavam Obará , por ser ele muito pobre, tanto que olhavam para ele sempre com menosprezo. Pois, então, foram a casa de olofim, jogaram os Búzios e até altas horas do dia não acertaram o que queriam que Olofim adivinhasse e, com isso, acabou que todos eles se retiraram sem ter sido satisfeita sua curiosidade. Olofim, com desprezo, ofereceu uma abóbora a cada um deles, e eles, para não serem indelicados levaram consigo as abóboras ofertadas.
No caminho, porém, alguém se lembrou apontando para a casa de Obará, de fazer ali uma parada, embora alguns fossem contra, dizendo que não adiantaria dar semelhante honra a Obará, pois ele era um homem simples que nunca influía em nada.
Mas um deles, mais liberal, atreveu-se a cumprimentar Obará-meji com estas palavras:
– Obará, bom dia ! Como vais de saúde? Será que hás de comer com estes companheiros de viajem?
Imediatamente respondeu ele que entrassem e se servissem da comida que quisessem. Dito isso, foram entrando todos, eles que já vinham com muita fome, pois estavam desde a manhã sem comer nada na casa de olofim.
A dona da casa foi ao mercado comprar carne para reforçar a comida que tinha em casa e, em poucas horas, todos almoçaram à vontade. Depois, Obará convidou todos para que se deitassem para uma madorna, pois estavam todos cansados e o sol estava ardente. Mais tarde, eles se despediram do colega e lhe disseram:
– Fica com estas abóboras para ti . E lá se foram satisfeitos com a gentileza e a delicadeza do colega pobre e, até então, sem valia.
Mais tarde, quando Obará procurou por comida, sua mulher o censurou por sua fraqueza e liberalidade, dizendo que ele tinha querido mostrar ter o que não tinha, agradando a eles que nunca olharam para ele, e nunca ligaram nem deram importância ao colega.
Porém as palavras de Obará eram simples e decisivas.
– Eu não faço mais do que ser delicado aos meus pares, estou cumprindo ordens e sei que fazendo estes obséquios, virá à nossa casa prosperidade instantânea.
Finda explicação, Obará pegou uma faca e cortou uma abóbora, surpreendendo-se com a quantidade de ouro e pedras preciosas que haviam dentro dela. Surpreso, e com muita felicidade, viu que em uma abóbora havia lhe dado o título de Odú mais rico, porém logo percebeu que haviam mais outras 14 abóboras a serem abertas e em cada uma delas haviam outras riquezas em igual quantidade.
Obará comprou tudo que precisava, palácio e até cavalos de várias cores.
Daí que estava marcado o dia para todos os Odús irem novamente à conferencia no palácio de olófim, como era de costume, já muito cedo, achavam-se todos no palácio, cada um no seu posto junto a olofim.
Quando Obará veio vindo de sua casa com uma multidão que o acompanhava, até mesmo os músicos de uma enorme charanga. Enfim, todos numa alegria sem par. De vez em quando, Obará mudava de um cavalo para outro em sinal à nobreza.
Os invejosos começaram a tremer e esbravejar, chamando a atenção de olofim que indagou o que era aquilo. Foi então que lhe informaram que era Obará. Então perguntou Olofim aos demais Odús o que tinham feito com as abóboras que presenteara a eles. Responderam todos que haviam jogado no quintal de Obará. Disse então Olofim que a sorte estava destinada a ser do rico e próspero Obará. O mais rico de todos os Odús.
SEUS NÚMEROS DE SORTE SÃO: 06-15-16-17-22-26-46-54
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